Saúde  |  31-10-2017

Hábitos para o diabético ter qualidade de vida

Luzia Costa, especialista em cuidados das mãos e pés, cita cinco hábitos para melhorar a vida do diabético.

Começar algo vai bem além de uma simples decisão. Alterar a rotina requer disciplina e quando se tem uma doença como a diabete, seja qual tipo for, a urgência da mudança de hábitos se torna latente.

Há muitas discussões sobre a importância de se alimentar adequadamente e praticar exercícios físicos com regularidade, porém outras ações simples também são necessárias, como observar os próprios pés, pois eles dão os primeiros sinais de que algo está errado. Fazendo esse exercício de observação é possível evitar problemas sérios para os diabéticos.

Quando a doença se agrava pode ser necessária amputações dos membros e muitos diabéticos só percebem a gravidade dos sintomas após um estágio avançado. “Uma das principais causas de amputamento das pernas é a doença conhecida como pé de diabético. São feridas que podem virar úlceras ocasionando dor, vermelhidão e não têm chance de cura”, explica o chefe do grupo Pé Diabético, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fábio Batista. As úlceras nos pés, além de um problema sério para o paciente, envolvem alto custo e registram altos índices de mortalidade. No mundo, já são mais de 600 milhões de pessoas que têm a doença, sendo 13 milhões no Brasil.

Pensando nisso, e em como a profilaxia pode melhorar a vida de milhares de diabéticos, Luzia Costa, especialista em cuidados das mãos e pés, cita cinco hábitos para melhorar a vida do diabético. Confira:

Atenção às unhas dos pés, o brasileiro tem o hábito de ir à manicure uma vez por semana. Este costume não é restrito apenas às mulheres, apesar delas serem o maior número nos salões. De acordo com o Ministério da Saúde, nesses 10 anos, o grupo mais atingido pela diabetes é o das mulheres. O índice saltou de 6,3% para 9,9%. E o perigo maior é que muitas delas continuam a cuidar dos pés com profissionais que não são especializados em pés de diabéticos. Não se pode retirar a cutícula das unhas e devem ser feitas apenas uma vez por mês com um aparelho adequado. Peça para alguém ajudar, o número de pessoas que moram sozinhas saltou de uns anos para cá.

De acordo com o IBGE, brasileiros com mais de 60 anos e que não têm companhia já são 15,7%. A diabetes não é restrita a apenas indivíduos com essa faixa etária, porém com o avanço da idade pode ser mais comum. Logo, não tenha vergonha de pedir a ajuda de vizinhos e colegas caso não consiga olhar os seus pés todos os dias. Este membro é o mais afetado pela doença e observar sinais como formigamento, rachadura no calcanhar e micose pode ser a “salvação” de um amputamento. Cuide dos seus pés! Atenção aos sapatos utilizados Use calçados sempre confortáveis e com meias, isso evita calos e feridas. Outra medida é, caso opte por salto, não deve ultrapassar os três centímetros. Há lojas especializadas em calçados confortáveis. Lembre-se: vale a pena um produto mais caro, mas que acarretará em benefícios no dia a dia.

Use sabonetes de glicerina, sim, você pode evitar que a sua pele crie casquinhas e feridas adotando o hábito simples de fazer sua higiene com sabonetes à base de glicerina. Isso porque esse composto é ideal para peles sensíveis por causa da sua composição química, por possuir poucas toxinas e não causar nenhuma reação alérgica, além de manter a pele mais hidratada.

Evite o uso de secadores para as mulheres essa dica pode ser difícil de seguir, porém se você gosta do seu cabelo liso pode optar por uma progressiva no salão de cabeleireiro desde que inspecione os produtos que serão usados para o procedimento, e que não tenham contraindicação para diabéticos e circulação do sangue. O secador pode ocasionar feridas caso esteja muito quente, e isso pode acontecer sem que a pessoa perceba por ser um hábito diário.

Fonte: Redação

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