O IBGE já sinalizou que a expectativa de vida brasileira alcançou a média de 75,8 anos, indo na mesma direção de países desenvolvidos. Tal realidade é um reflexo mundial do avanço das tecnologias, da medicina e do acesso à informação. E coloca em nossas mãos importantes escolhas sobre futuro e qualidade de vida na terceira idade.
Mas, afinal, o que o envelhecimento da população influencia nas suas decisões a partir de agora?
Pare e reflita como seria caso não pudesse mais trabalhar. Você teria os recursos necessários para manter o padrão de vida que vêm usufruindo?
Boa parte das pessoas tem sua base orçamental voltada para a atividade profissional que exerce, portanto, quando ela cessa ou é reduzida, as novas condições de bem-estar ficam aquém do habitual.
É por isso que a elaboração de um planejamento sólido precoce garante o conforto e a tranquilidade dentro deste contexto.
Os direitos trabalhistas assegurados pela Carteira de Trabalho recolhem a contribuição direto na fonte durante todo o tempo de serviço prestado, sustentando a Previdência Social – uma responsabilidade do Governo. As regras para esta aposentadoria estão em discussão e sofrerão alterações com o projeto da Reforma da Previdência.
Com as claras mudanças no perfil da população brasileira, pensar a previdência não é uma tarefa fácil. É necessário elaborar um plano que atenda milhares de pessoas com uma longevidade maior, e uma taxa de natalidade menor que injeta cada vez menos mão de obra ativa no mercado.
O ideal é prever alternativas que elaborem uma renda complementar à estabelecida por lei pela Previdência Social.
Primeiro passo: buscar informações
A linguagem e as burocracias econômicas podem ser uma sopa de letrinhas no início: PGBL; VGBL; IPCA; ou mesmo, tabela regressiva e progressiva do Imposto de Renda.
Não se apavore!
Procure portais de notícias confiáveis, empresas e seguradoras conceituadas no mercado, e se informe a partir das explicações acessíveis. Assim, você consegue selecionar de forma consciente a melhor opção dentre as muitas disponíveis no mercado.
Nesta fase, o papel de um profissional na orientação das escolhas pode ser valioso. Ele vai esclarecer as dúvidas e traçar o melhor caminho balanceando a realidade econômica do país e a suas exigências.
Estratégia x Perfil
O segundo passo deste processo é o autoconhecimento. As aplicações previdenciárias são múltiplas e apresentam inúmeras variáveis. Para traçar a melhor tática é necessário conhecer bem o seu perfil investidor.
Há produtos para aqueles que assumem desde riscos mais altos para o empreendimento até os mais baixos. Um dos exemplos mais populares são os Fundos de Previdência Privada, conhecido por ser um dos direcionamentos comuns aos mais conservadores. Já para quem está predisposto a assumir maiores riscos, os fundos multimercado podem ser uma opção.
Não importa qual seu direcionamento, o importante é aproveitá-lo nas melhores oportunidades de negócio.
Planejamento Financeiro para toda a vida
Não existe uma fórmula perfeita para gestão das finanças pessoais. Os caminhos, geralmente, passam por um acompanhamento minucioso e um bom plano de metas. Reeducar suas práticas econômicas diárias é essencial para a maturidade da administração e do controle assertivo dos bens. Este processo não precisa ser visado apenas como garantias futuras, mas uma manutenção constante, além de assegurar os investimentos, também incentiva sua expansão.
Um dos métodos que vem ganhando destaque como forma de gerência é a utilização da estrutura dos Family Office, que organizam o presente para tornar o futuro melhor para toda a família, dos estudos à aposentadoria.
Estas orientações só demonstram a importância de se pensar a vida orçamentária desde muito cedo para que nenhuma adversidade possa estragar sonhos e nem desamparar nos momentos vulnerabilidade.
Fonte: Terra